Você seria capaz de pôr fé em alguém que define para si um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), não consegue executá-lo com afinco e disciplina e ainda por cima usa desculpas esdrúxulas tais como “não tive tempo, muito trabalho, não priorizei; estou viajando demais; tiram o meu foco, não consigo avançar” e assim por diante? Claro que não! Então por que empresas confiam atividades, tarefas e projetos a pessoas com esse perfil sem o menor indício de que estão delegando a missão a pessoas com responsabilidade para cumpri-la conforme a expectativa de quem aguarda pelo resultado do trabalho? É essencial conhecer o compromisso que o profissional tem consigo pois será um sinal de que ele terá compromisso com o outro. Nos projetos de desenvolvimento individual tenho observado o quanto é difícil para os profissionais mudarem seus modelos mentais, especialmente quando se trata de autodesenvolvimento. As pessoas tendem a pensar que ao desenvolverem o seu PDI, estão cumprindo mais uma missão definida pela empresa. Não conseguem sentir, isto mesmo “sentir”, que aquele é um momento seu, para crescimento pessoal, com o propósito tornar-se cada dia melhor na empresa e também como ser humano.
Neste desafio de executar o seu PDI, ter orgulho de se antecipar aos prazos estabelecidos, praticar os comportamentos esperados e com isto dar evidencias naturais da sua evolução e atingimento dos objetivos propostos, reside uma oportunidade ímpar para profissionais dispostos a alcançar patamares superiores nas suas carreiras. O desenvolvimento do PDI é uma oportunidade para o exercício do intraempreendedorismo (quando o profissional assume sua carreira como um projeto de negócio e busca se diferenciar). Também é o momento ideal para gestores de pessoas e empresários observarem em quem vale a pena investir delegando cargos de maior responsabilidade ou oportunizando ascensão profissional dentro do grupo. É a situação ideal para colocar em prática aprendizados como os do livro Oceano Azul de Cham Kim e Renée Mauborgne, direcionados para quem escolhe ser especial ao invés de ser apenas “mais um” no mundo corporativo.
“É essencial conhecer o compromisso do profissional com ele mesmo, pois será um indício de que terá compromisso com o outro”.